sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Pelegos, pressão e reitores amigos: A fórmula do MEC para acabar com a greve nas universidades federais

O comunicado oficial emitido pelo MEC mostra que a aposta do Governo é sufocar de todas as formas os professores para que acabem com a greve nas universidades federais.
A estratégia é clara:
  1. Assinar um acordo com os pelegos do Proifes para justificar politicamente o acordo
  2. Pressionar psicologicamente os professores, avisando que a partir de agora não terá mais negociação
  3. Articular reitores petistas amigos de grandes universidades para acabarem com a greve
  4. Se isso não funcionar, parte-se para o próximo passo: corte de salários.
E esse movimento para acabar com a greve nas assembleias via articulação das reitorias pode crescer nas próximas assembleias, já que as administrações possuem centenas de cargos comissionados, além de uma capilaridade impressionante junto aos docentes.
Neste momento a greve fica em um impasse difícil de ser solucionado: por um lado o Governo resolve fechar as portas, por outro sabe-se que a proposta do Andes nem mesmo tem apoio intenso de toda a categoria, já que parte dos professores com doutorado gostaria de uma proposta com ênfase mais meritocrática. Acabou conseguindo a adesão da grande maioria porque o salário está muito baixo. Mas exigir uma proposta unânime neste momento seria pedir demais.
Independente disso, voltar ao trabalho depois dessa estratégia truculenta e indecente do Governo seria o reconhecimento de uma derrota acachapante. Seria aceitar o papel de submisso em uma luta por melhores salários e condições de trabalho, já que profissionais de categorias semelhantes, como pesquisadores do IPEA e MCT conseguiram carreiras muito melhores no Governo Lula.

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